Sabia Parda da Bahia Canto Classico.
O sabiá-barranco (Turdus leucomelas) é o sabiá mais comum do interior do Brasil, especialmente em regiões de cerrado.
Também chamado de sabiá-barranqueira, capoeirão, sabiá-de-cabeça-cinza, sabiá-fogueteiro, sabiá-branco, e sabiá-pardo. É uma ave passeriforme da família Turdidae, um pouco menor do que o sabiá-da-mata e o sabiá-laranjeira. Pode ser confundido com o sabiá-poca. Espécie semiflorestal. Vive à beira de matas, parques, matas de galeria, coqueirais e cafezais.
O adulto apresenta o alto da cabeça arredondado, acinzentada nos lados e olivácea na parte alta, sem a mácula negra à frente dos olhos. Bico cinza escuro uniforme. O tom acinzentado domina as costas, tornando-se amarronzado nas asas. Peito acinzentado, com a garganta branca e listras cinza escuro bem definidas. Quando voa, às vezes mostra a área alaranjada da parte interna das asas. A parte inferior da cauda é clara.
O juvenil tem o dorso pintalgado de bolas amarronzadas, sem a garganta branca bem delimitada. Pontos marrons no peito e barriga. Mede cerca de 22 a 23 centímetros. Não apresenta dimorfismo sexual, sendo sua diferenciação feita apenas pelo canto, que é característica dos machos.
Alimenta-se basicamente de minhocas e artrópodes. Assim como outros sabiás, revira as folhas caídas em busca de pequenos invertebrados e também se alimenta de pequenos frutos. Aprecia os frutos do tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa). Costuma frequentar comedouros com frutas. Gosta de frutas tropicais, como a banana.
Atinge a maturidade sexual aos 12 meses.
Residente, inicia sua reprodução em agosto e estende-a até dezembro. Como outros sabiás, constrói um ninho apoiado em galhos ou forquilhas, às vezes em alpendres e varandas de casas, usando uma mistura de barro, raízes e folhas na parte externa. Forma uma pequena torre e na parte superior fica a tigela funda de material vegetal mais macio. A fêmea choca de 2 a 4 ovos verde-azulados com salpicos pardos, que medem 28 por 20 milímetros e são incubados durante cerca de 12 dias, com os filhotes saindo do ninho em 17 dias. Por um tempo os filhotes costumam utilizar o ninho para dormir após já terem conseguido alçar voo em companhia dos pais. (Observação Pessoal, João de Almeida Prado).
A fêmea retira ou engole os sacos fecais dos filhotes nidícolas [T. Sigrist – Avifauna Brasileira, pg 253].
Costuma ter quatro ninhadas por temporada.
Comum em todas as matas ciliares, matas de galeria, matas secas, cambarazais e cerradões. Utiliza os capões de cerrado e cruza áreas abertas em voos diretos a meia altura. Acostuma-se com ambientes criados pela ação humana, como jardins, pomares e áreas urbanas bem arborizadas. Canta somente na primavera, época em que acasala. Adapta-se a diferentes ambientes e também é muito visto em parques urbanos com muita vegetação.
Fonte: Wiki Aves – A Enciclopédia das Aves do Brasil
https://www.wikiaves.com.br/
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